SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras informou nesta quinta-feira que sofreu um roubo de computadores que armazenavam dados importantes de pesquisas realizadas na costa brasileira.
"Houve um furto de equipamentos que continham informações importantes para a companhia", confirmou a estatal.
"O assunto está sob investigação", acrescentou a empresa, que informou ter cópias dos dados que estavam nos computadores roubados.
A Petrobras informou que o material não estava sob sua vigilância quando ocorreu o roubo, mas não quis informar quem estava responsável pelos equipamentos.
O site Terra Magazine informou nesta quinta-feira que o roubo ocorreu em um contêiner com os equipamentos que havia sido despachado de uma plataforma de pesquisa da Petrobras na bacia de Campos para os escritórios da empresa em Macaé (RJ).
A Petrobras não forneceu informações sobre as circunstâncias do roubo.
A Polícia Federal informou não ter qualquer informação sobre o roubo no momento.
A estatal não confirmou ainda comentários que circulam na mídia nesta quinta-feira de que os computadores continham informações sigilosas sobre as reservas de petróleo e gás na camada ultra-profunda chamada de pré-sal, onde está o megacampo de petróleo de Tupi, na bacia de Santos.
Não foram fornecidos detalhes sobre o tipo de informação contida nos equipamentos.
A camada pré-sal, que se estende por 800 quilômetros ao longo da costa brasileira, é foco de forte interesse no setor de petróleo desde que a Petrobras confirmou reservas recuperáveis de 5 a 8 bilhões de barris no campo ultraprofundo de Tupi.
O diretor de Exploração e Produção da empresa, Guilherme Estrella, afirmou recentemente que não há mais risco exploratório na região pré-sal, ou seja, é praticamente certo que todo poço perfurado encontrará petróleo ou gás.
O governo federal retirou de leilão várias áreas próximas a Tupi, aguardando ter mais informações sobre o potencial dos blocos.
(Reportagem de Marcelo Teixeira, Edição de Camila Moreira)